Monday, February 07, 2005

Morte a quem nos faz sofrer

Te enterro aqui
Nesta natureza exuberante
Nos morros gritantes das muralhas de meu
coração
Te enterro sem compaixão
Porque me fizeste sofrer
Porque te deixei ver minha
alma
Porque foste bandido
Me mentiste, atiraste pedras, cacos de vidros; desilusões
Como se atira para matar em um inimigo
Te enterro, meu amor
Enterro os
sentimentos
As promessas; palavras ao vento
As loucuras; desejos sangrentos
Os desejos; beijos violentos
Ruínas da imperfeição
Tudo; perda de tempo
Te enterro sem dó
Sem compostura
E sigo só
Procurando a
cura
Pelas estradas ainda não percorridas
Buscando a energia perdida
das praias desertas
Sigo procurando meu amor, minha vida;
a pessoa certa
Nosso amor . . .
Enterro na aura do arcanjo Miguel
Enterro na fantasia,
no céu
Para deixar a terra em paz
Pronta para uma nova alegria
Para de novo um dia
Fertilizar tudo que um
novo amor traz.

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