Thursday, May 29, 2008
Wednesday, May 28, 2008
Capitão Francisco Espinosa
Não me ensinaram a sentir saudades
A não ter teu ossinho saltado para massagear
Não me ensinaram a sentir saudades
A não olhar para tua careca cor de rosa e indagar: por quê é cor de rosa a tua careca?
A não ouvir mais a velha história que eu achava que nunca ficaria velha
Não me ensinaram ou eu não quis aprender
Que a fruta cai do pé quando a semente amadurece
Que duas metades de uma laranja que ficaram 50 anos juntas não viveriam um ano separadas
Que o homem das mãos de caramujos na beira da praia ficaria para sempre estampado na memória da garota da saia crepom
Não me ensinaram a sentir saudades e sempre que eu tento o gosto do sal chega antes a minha boca.
A não ter teu ossinho saltado para massagear
Não me ensinaram a sentir saudades
A não olhar para tua careca cor de rosa e indagar: por quê é cor de rosa a tua careca?
A não ouvir mais a velha história que eu achava que nunca ficaria velha
Não me ensinaram ou eu não quis aprender
Que a fruta cai do pé quando a semente amadurece
Que duas metades de uma laranja que ficaram 50 anos juntas não viveriam um ano separadas
Que o homem das mãos de caramujos na beira da praia ficaria para sempre estampado na memória da garota da saia crepom
Não me ensinaram a sentir saudades e sempre que eu tento o gosto do sal chega antes a minha boca.
Tuesday, May 20, 2008
QUEIXA
Minha queixa é o meu queixo.
Parece um queijo exótico com um furo
no meio,
A lua em sua fase minguante,
lembra o perfil de minha face,
com o queijo exótico cravado em seu semblante,
O furo é minha marca registrada.
Parece um queijo exótico com um furo
no meio,
A lua em sua fase minguante,
lembra o perfil de minha face,
com o queijo exótico cravado em seu semblante,
O furo é minha marca registrada.
Thursday, May 08, 2008
TAMANCO DE MADEIRA
O sapato da minha infância
Foi um tamanco de madeira
Com a cara de um gato estampada
nas suas tiras vermelhas
Meu tamanco era manco
Tinha gingado: um salto quebrado no pé esquerdo
Dava vida ao meu rebolado
Eu era tão criança e quando subia naquele tamanco me descobria tão adulta
Hoje, sou tão adulta e ainda sinto saudades do meu tamanco de infância.
Foi um tamanco de madeira
Com a cara de um gato estampada
nas suas tiras vermelhas
Meu tamanco era manco
Tinha gingado: um salto quebrado no pé esquerdo
Dava vida ao meu rebolado
Eu era tão criança e quando subia naquele tamanco me descobria tão adulta
Hoje, sou tão adulta e ainda sinto saudades do meu tamanco de infância.
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