E assim amanhece outro dia Outra manhã que esconde e a tarde que não revela... Quando e onde tranquei sem as chaves? Procuro até o entardecer Reviro memórias, discos antigos, dvd's Canso E assim anoiteço Encontro em outras vozes e só em sonhos ela nitidamente aparece Assim em mim acontece a poesia.
O tempo vai me assim Escorrendo pelas mãos Trinta segundos Sessenta minutos Três semanas ou nove meses Que números são, senão, batidas subtraídas de meu coração?
Eu não vou te procurar embaixo de outros lençois, nem no suor de outros corpos, ou, entre outros gozos. Como assombração, você vai aparecer. Num gesto, num cálice de vinho, numa palavra, ou num Chico, tocando ao fundo. Quando isso acontecer, eu vou olhar e sorrir o sorriso mais doce que havia guardado para você. Pois é preciso lembrar do que fui, para esquecer.
Tropecei no sino que bate em meu peito
Caí em seu ritmo vibrante dancei
Inebriada pela sensação de estar flutuando dancei Eu dançaria eternamente a mesma música, mas por algum motivo ela parou
DANCEI
Meu coração quis pular pela garganta, depois pelo umbigo e agora ficou assim: inconstante. Me sinto estranha tentando ouvi-lo. Sou eu que não quero tropeçar em seu ritmo novamente? O tempo dirá. Por enquanto, quero dançar sozinha.